sábado, outubro 28, 2006

Fim da estrada

Páginas viradas
São lágrimas que lavam a
Alma
São folhas que caem no
Outono
Flores que abrem na
Primavera
É o olhar sincero,
Amigo
A espontaneidade de um
Abraço
A simplicidade do
Sorriso
O recomeço.
O trajeto que aproxima
A janela que se abriu.
O medo do novo,
Da descoberta,
Dos braços que se enlaçam,
Dos lábios que se unem,
Dos caminhos que seguem juntos
Em estradas paralelas,
Dos pontos de encontro,
Do tempo limitado.
Da verdade dos amantes
Que se conhecem no fim.

Encontro

Encontro o destino
Na estação onde todos se encontram.
Encontro a hora
Onde os ponteiros se encontram.
Encontro a sorte
Onde só eu poderia achar,
Na certa onde todos querem estar.
Espero a esperança,
No verde dos campos,
onde os pássaros cantam.
Encontro a esperança,
No sorriso cálido da infância.
Espero o amor,
Na curva do destino.
Encontro o amor
Nos braços da vida,
Que amo tanto.

Um destino

Aquele sorriso, Ah! Aquele encanto
Doce acalanto
Sonho real, amor passional
Como a paixão
Ferramenta sem uso
Na espreita do tempo
Sem destino, sem caminho
E depois da curva
O esbarrão
Destinos cruzados
Ponto de encontro
Enfim, a certeza:
Vida certa, curso incerto.

Em frente

Braço, abraço,
Enlaço forte
Deitada acordo
Penso, me preocupo
O dia acorda
O sol me aquece
Lá está o chamado
O amor
A dedicação
O vento sopra
Descubro a porta
Saio e deixo a felicidade entrar
Sigo atrás da saudade.

quarta-feira, outubro 25, 2006

Estilo

Um quarto pequeno abrigava uma máquina de costura, um guarda-roupas, uma cama e um criado mudo. Da janela era possível ver um pequeno pátio, que pertence ao prédio. Chovia e ventava na tarde em que a visitei.

Alguém poderia dizer que o inverno se fazia presente em plena primavera. aos meus olhos era o prenuncio de uma temporada de chuvas. Ao som do vento ouvi atentamente o lamento daquela senhora, o desgosto pela profissão de costureira que a afastou de muitos convivios.

Em outros tempos o talento para a costura a salvou de passar necessidade, mas a fez submeter-se a trabalhos intermináveis para pessoas impertinentes. A exigência era de que o serviço fosse impecávelmente perfeito, mas nunca lhe pagaram de acordo.

A nossa conversa, veio em bom momento, mais uma lição de vida. A experiência dela pode ser a de qualquer um que não saiba usar o seu talento. Seja qual for a atividade é preciso saber o que, como, para que, para quem, porque, de que forma, o seu talento está servindo.

É preciso estilo para costurar, para escrever, para cozinhar, para cobrar, para amar, para viver!

quinta-feira, outubro 19, 2006

Descobrindo

O poder do inusitado me atrai, mas o modo como ele pode ser surpreendente me intriga. A seqüência de fatos entrega o acaso, um após outro e passo a acreditar em perseguição. O chato é que o vendaval ainda não acabou, primeiro chegou a enchurrada de euforia, de alegrias...depois o silêncio da melancolia tomou conta do tempo e do espaço.

Hoje, sinto o chão sob meus pés, ontem estava no ar, tentando de alguma forma abraçar as nuvens e voar. Ontem, queria esquecer o temporal de qualquer forma, hoje, encontrei-o mais uma vez, prova de que ele existe e persiste em mim. Com ele vem figuras antes lendárias, que reconheço como personalidades do caminho. Não acredito, e nem tenho, ídolos. Admiro muitas pessoas, mas não as torno deuses.

Tudo culpa do vendaval. O período é de mudanças, de rever conceitos e a minha casa está de cabeça para baixo. Eu não sou mais eu. Estou aprendendo a ser outra, ainda crítica, esperançosa, otimista, talvez amanhã eu tenha ídolos. Talvez amanhã eu coloque em prática o golpe.

Um dia me disseram que as nuvens não eram de algodão. Sem querer eles me deram as chaves que abrem essa prisão...

Um dia, um dia no ritmo do passo, descompassado, pausado, criado, amado

Passos na Terra

Um pé depois do outro e o CAMINHO vai se formando. Para trás ficam as realizações, conquistas do dia-a-dia. Adiante os sonhos, a vontade de ir muito mais além. E a soma de tudo isso forma a ESTRADA, que se constrói com o trabalho do HOMEM, que acorda todos os dias com metas a cumprir.

É a tarefa árdua, mas feliz, daquele que luta, mas não caminha só. Tem um circulo fiel que o acompanha, de PESSOAS que seguem seus passos e o admiram, pela FORÇA, pelo caráter, que o amam – a FAMÍLIA. Nessa estrada sem fim, o caminho cresce por inúmeras vias, e cada uma leva a um destino, o seu, os dos que quer bem, os certos, os errados, mas todos seguem juntos, crescem juntos, CONQUISTAM, vibram com as vitórias...Compõem a mesma HISTÓRIA.

Completar uma etapa dessa construção é uma grande vitória, que merece uma grande celebração, SORRISOS, abraços, palmas. Viver pode parecer fácil, mas CONQUISTAR. Ah! Isso é tarefa para guerreiros, líderes, exemplos. Por isso, hoje é dia de festa. Mas também de renovação, REFLEXÃO, fazer um balanço e atualizar os SONHOS. Qual o próximo passo? O que eu quero fazer? O que eu já fiz? Quantos reinos já conquistei?
Depois? Bem, ai é só seguir: um passo após o outro e a estrada vai sendo construída com mais HISTÓRIAS, mais sonhos, mais metas, mais CONQUISTAS.