domingo, junho 10, 2007

Desafio



Um desafio pode ser proposto, como num jogo infantil, numa brincadeira. Assim, aprendemos quando pequenos a ver algo aparentemente inalcançável como possível. E sem perceber aprendemos a superá-los e nos acostumamos a encontrá-los no dia-a-dia.

Algumas pessoas são fascinadas por desafios, talvez viciadas, não podem viver sem eles. Mas, que tipo de desafio desagrada mais do que qualquer outro? Arrisco dizer que seja o da morte.

Nas últimas semanas recebi notícias de diferentes pessoas, mais ou menos próximas da minha família que faleceram. Em circunstancias e idades diferentes todas foram sentidas com tamanha intensidade que fica difícil entender como suas ausências serão superadas.

Como seguir em frente? Como a vida pode ser tão vulnerável? Nisso se propõe que sejamos mais humanos, mais amáveis, mais amigos. Devemos viver hoje como se fosse o último dia, amanhã pode ser tarde. Mas, isso é tão pessimista...

Fora desse contexto nascem crianças. Seres que unem famílias e mostram novos caminhos. Propõem o desafio da vida. Ir além do horizonte, com mais garra, mais trabalho, mais amor, mais força de viver!

Eis os ciclos paralelos da vida e da morte. Os desafios que se cruzam um transformando-se no outro, um renovando o outro.